Micotoxinas em ração bovina e ingredientes para rações no Brasil: um estudo de cinco anos

OBJETIVO

Investigar a presença das principais micotoxinas (AFLA, DON, FUMO, OTA, T-2 e ZEA) em rações e ingredientes para bovinos no Brasil (2017–2021), avaliando frequência e co-ocorrência para subsidiar estratégias de monitoramento e controle.

METODOLOGIAS

Amostras: 1.749, coletadas entre 2017 e 2021.

Origem: TMR, silagens, milho e derivados, rações prontas e outros ingredientes (soja, caroço de algodão, amendoim, polpa cítrica etc.).

Procedimento: análises por kits ELISA (AgraQuant®) para seis micotoxinas (AFLA, DON, FUMO, OTA, T-2 e ZEA).

Referência de risco: limites da União Europeia usados como parâmetro de comparação.

RESULTADOS PRINCIPAIS

• 97% das amostras contaminadas.
• 87% apresentaram ≥2 micotoxinas.
• Mais frequentes: DON (68%), ZEA (63%), AFLA (59%).
• Destaques por tipo:
  • TMR: altas taxas de ZEA, DON e AFLA.
  • Silagens: OTA e ZEA predominantes.
  • Milho/derivados: FUMO (86%).
  • Rações prontas: DON (88%), FUMO (74%).
  • Outros: DON (70%), AFLA (65%), ZEA (59%).
• Acima dos limites da UE: AFLA (36,5%), DON (5,6%), ZEA (2,1%), T-2 (1,4%), FUMO (0,2%), OTA (0%).